November 2025 Edition

Mensagem de Liderança

A COP30 terminou em Belém. E o setor de biodiesel mostrou, com exemplos reais, que está pronto para colaborar com uma matriz energética renovável e justa! Nesta edição da nossa newsletter, compartilhamos histórias que mostram como essa transformação já está em curso. Convido você a seguir a leitura e conhecer as iniciativas que comprovam o poder dos biocombustíveis de gerar impacto real para a sociedade.

André Lavor

André Lavor

COP30: Os painéis que reforçaram como cidadãos, empresas e cidades dividem o verbo “descarbonizar

Descarbonizar não é apenas um compromisso que deve ser assumido por governos ou empresas dentro de um contexto de ESG, mas sim uma ferramenta para criação coletiva de um futuro melhor. E foi exatamente isso que guiou os debates da COP30 nos painéis dos quais o CEO da Binatural, André Lavor, participou. Mais do que uma meta global, a descarbonização é uma construção coletiva, uma ferramenta para criarmos juntos um futuro mais equilibrado, justo e sustentável. 

André foi painelista em três eventos de destaque, promovidos pela Fundação Dom Cabral (FDC), pela Amcham e por um consórcio de 13 entidades dos setores energético e automotivo, além do acesso à Blue Zone, área reservada para autoridades e principais tomadores de decisão da COP30. 

A transição energética, tão urgente quanto necessária, começa nos hábitos mais simples do dia a dia: no que escolhemos consumir, descartar, mover e valorizar. Cada gesto individual compõe um movimento maior, que redefine o futuro do planeta. 

Quando optamos por reciclar o óleo de cozinha usado, dar preferência ao transporte coletivo, reduzir o desperdício ou apoiar iniciativas de energia renovável, estamos participando de uma engrenagem que vai muito além da ação individual. É a soma dessas pequenas decisões que cria o ambiente para o avanço das tecnologias de baixo carbono, como o biodiesel, que transforma resíduos em energia e conecta o campo às cidades de forma sustentável. 

Empresas e cidadãos caminham juntos nesse processo. De um lado, as indústrias inovam para ampliar o uso de biocombustíveis e outras matrizes renováveis. De outro, a sociedade assume um papel ativo ao demandar produtos e políticas mais responsáveis. Essa aliança é o que torna possível uma transição justa e efetiva, que respeita o meio ambiente sem deixar ninguém para trás. 

Nas cidades, a descarbonização se traduz em mobilidade inteligente, transporte público com energia renovável, menos poluição, gestão responsável dos resíduos e maior qualidade de vida. No campo, significa geração de renda, agricultura familiar fortalecida e energia produzida de forma circular. Em ambos os espaços, o protagonismo humano é o elo que transforma intenções em resultados. 

A Binatural acredita que a mudança climática é um desafio compartilhado, e que o biocombustível do futuro depende da consciência coletiva no presente. Cada litro de biodiesel que substitui o diesel fóssil é também o resultado de escolhas mais conscientes, de parcerias que unem tecnologia, trabalho e compromisso com a vida. 

A descarbonização do planeta é mais do que uma meta: é uma nova forma de existir no mundo, que aos poucos, estamos conseguindo implementar. Isso só é possível quando todos, pessoas, empresas e cidades, movem-se na mesma direção. 

O peso invisível do carbono: quanto custa não mudar?

E se o Brasil parasse de usar biodiesel por um ano? O impacto seria imediato, e sentido no bolso, na saúde e no meio ambiente. Sem o biocombustível, o país gastaria mais com importações de diesel, emitiria mais gases de efeito estufa e enfrentaria mais problemas de saúde pública relacionados à poluição do ar. 

Atualmente, o Brasil mistura 15% de biodiesel ao diesel fóssil, de acordo com determinações do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Essa proporção reduz a dependência de importações e contribui para a segurança energética. Desde a criação do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), em 2005, o país evitou a importação de aproximadamente US$ 38 bilhões em diesel fóssil, segundo dados do Governo Federal. 

O biodiesel também é decisivo na luta contra as mudanças climáticas. O uso do biocombustível já evitou a emissão de mais de 240 milhões de toneladas de CO₂, o equivalente à retirada de 180 milhões de carros das ruas por um ano, segundo estimativas do Ministério de Minas e Energia. 

Os benefícios também aparecem na saúde pública. Estudos publicados na revista Sustainability mostram que, entre 2008 e 2017, a cidade de São Paulo registrou mais de 300 mil internações por doenças respiratórias ligadas à poluição do ar, com um custo superior a US$ 100 milhões apenas no sistema público de saúde. A substituição parcial do diesel por biodiesel ajuda a reduzir essas emissões tóxicas e, com elas, os gastos hospitalares e as perdas de produtividade. 

Rotas verdes comprovam a viabilidade do biodiesel e da descarbonização nos transportes 

Enquanto o Brasil discute os próximos passos da Lei do Combustível do Futuro, a Binatural já demonstra, na prática, que a descarbonização do transporte pesado é possível hoje. A prova disso é o caminhão próprio da companhia, um Volvo FH460 movido 100% a biodiesel (B100), que cruzou o Brasil rumo à COP30, percorrendo cerca de 2 mil km com quase zero emissões de CO₂ e levando ao maior evento climático do mundo um exemplo concreto de logística sustentável. 

Em paralelo a esse marco inédito da frota própria, a Binatural e a MCK Transportes avançam juntas na construção de um modelo de descarbonização em larga escala. A Rota Verde, que conecta Paraná, Goiás e São Paulo, comprova que misturas elevadas de biodiesel, próximas a B50, são tecnicamente viáveis e entregam resultados concretos na redução de emissões. 

O caminhão próprio: símbolo da descarbonização já em curso 

O veículo partiu de Formosa (GO) rumo a Belém (PA), cruzando seis estados até chegar à COP30, reduzindo 99,65% das emissões em comparação ao diesel fóssil e evitando duas toneladas de CO₂ apenas neste trajeto. 

Mais que um deslocamento, o caminhão representa um passo estratégico da Binatural: 

  • integra o novo plano logístico da empresa, 
  • percorre cerca de 9 mil km mensais em rotas de coleta de matérias-primas, 
  • opera praticamente com emissões zeradas, 
  • possui monitoramento 24h, câmeras internas e laterais, rastreabilidade completa e controle de eficiência. 

“O caminhão da Binatural chegou à COP30 levando um exemplo concreto de que o Brasil já tem soluções reais para reduzir emissões e impulsionar uma economia verde. Não estamos apenas discutindo o futuro, estamos mostrando que ele já começou”, afirma André Lavor, CEO da Binatural. 

A parceria com a MCK e a força da Rota Verde 

Ao mesmo tempo em que sua frota própria avança, a Binatural reafirma seu compromisso com soluções colaborativas por meio da parceria com a MCK Transportes. Na Rota Verde, um caminhão Volvo FH500 flex opera com misturas elevadas de biodiesel, capazes de evitar cerca de 280 toneladas de CO₂ em três anos, seguindo o método de mensuração GHG Protocol. 

O projeto amplia a Rota 100% Sustentável já operada no interior de Goiás e evidencia que o país não precisa esperar novas tecnologias para acelerar a transição energética. 

O biodiesel já é uma solução pronta, capaz de impulsionar a transição energética de forma segura e eficiente. Segundo estimativas do setor, elevar a mistura para B25 poderia gerar R$ 412 bilhões ao PIB, criar renda para mais de 540 mil agricultores familiares, evitar 541 milhões de toneladas de CO₂ e ainda economizar US$ 10 bilhões em importações de diesel, além de salvar 3 mil vidas por reduzir doenças respiratórias. 

Para André, tanto o caminhão próprio quanto a parceria com a MCK mostram que a descarbonização não é um plano para o futuro: é uma agenda em execução. “Os veículos pesados representam apenas 6% da frota nacional, mas respondem por mais da metade das emissões do transporte. Parcerias como essa e iniciativas como o caminhão próprio mostram que o Brasil pode liderar a logística de baixo carbono com soluções que já estão em operação.” 

Com países como a Indonésia avançando para o B50 em 2026, o movimento brasileiro ganha ainda mais relevância global. 

Tais iniciativas reforçam que a mobilidade de baixo carbono não é teoria, é prática, é estrada, é operação real. O biodiesel brasileiro conecta inovação, agricultura familiar, economia circular e logística sustentável e já está movendo o país com menos carbono e mais futuro. 

Inovação compartilhada: o elo entre o setor automotivo e o de biocombustíveis 

A transição para uma mobilidade de baixo carbono depende de algo que vai além da tecnologia: a colaboração. É dessa convergência entre a engenharia automotiva e os biocombustíveis que surgem as soluções capazes de redefinir o transporte no Brasil e no mundo. A Binatural vem fortalecendo esse elo, aproximando quem projeta os veículos do futuro de quem desenvolve a energia que os move. 

Como parte desse movimento, a empresa tornou-se associada à Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) e marcou presença no Congresso da SAE Brasil, um dos mais relevantes fóruns técnicos do setor. Esses espaços de cooperação aproximam fabricantes, engenheiros, pesquisadores e produtores de energia renovável, e comprovam que inovação e sustentabilidade caminham juntas. 

O diálogo entre indústria e biocombustíveis está mais maduro. As entidades representativas da indústria automobilística têm manifestado apoio crescente ao biodiesel e à ampliação das misturas, reconhecendo seu papel estratégico na redução de emissões. A COP30 reforçou essa sintonia ao reunir os setores de transportes e de biocombustíveis com um propósito comum: acelerar a descarbonização da mobilidade. 

Evidência desse alinhamento veio do estudo que acaba de ser divulgado pela Anfavea em parceria com a Boston Consulting Group (BCG), que revelou que caminhões urbanos abastecidos com 15% de biodiesel (B15) podem emitir menos CO₂ do que veículos 100% elétricos rodando na China. O levantamento destaca o potencial do biodiesel brasileiro como solução de baixo carbono – e mostra que, com o uso do biodiesel puro (B100), o país pode atingir níveis de descarbonização equivalentes aos elétricos, aproveitando sua matriz energética majoritariamente renovável. O resultado reforça o consenso técnico de que não existe uma única rota de transição, mas sim um conjunto de tecnologias complementares – e o biodiesel ocupa posição central nesse ecossistema. 

Essa visão integrada, que combina conhecimento técnico, políticas de descarbonização e inovação aplicada, também se reflete na formação dos novos profissionais que irão atuar nesse ecossistema. Por isso, a Binatural apoia o Baja Etapa Nordeste, competição estudantil que estimula jovens engenheiros a desenvolver veículos com soluções sustentáveis, aproximando academia e indústria e preparando talentos para a mobilidade do futuro. 

Essas conexões fortalecem a presença do biodiesel no ecossistema da mobilidade e confirmam o papel da Binatural como agente de transformação, impulsionando um futuro de transporte mais renovável, inteligente e colaborativo. 

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